Com a Palavra… Dr. Marco Aurélio Pinho de Oliveira, coordenador no CEPEM

Médico artigo 1 (Mar 2019)

Março é o mês mundial da conscientização da endometriose, uma doença ainda de difícil diagnóstico no país. Associada à infertilidade, ela é caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em órgãos como trompas, ovários, intestinos e bexiga.
 
Atualmente, segundo Dr. Marco Aurélio Pinho de Oliveira, ginecologista e coordenador dos exames de Videohisteroscopia do CEPEM, a endometriose atinge cerca de 15% das mulheres no período reprodutivo. Hoje, em torno de 6 milhões de brasileiras são portadoras da doença. Outro dado importante é que cerca de 30 a 50% das mulheres inférteis tem endometriose.
 
Para o especialista, apesar de o Brasil ser considerado um dos países mais desenvolvidos no tratamento da doença, a dificuldade do diagnóstico é recorrente. “Muitos médicos ainda não valorizam a queixa de dores pélvicas das pacientes e não aprofundam a investigação. Cerca de 90% das mulheres com a doença tem esse sintoma, sendo as principais características a forte intensidade e o caráter progressivo”, destaca.
 
“Além disso, a condição pode ser difícil de ser diagnosticada na ultrassonografia de rotina, feita sem preparo específico para investigar a doença”, completa o especialista. Os principais exames que podem detectar e diagnosticar a endometriose são a ultrassonografia especializada com preparo intestinal e a ressonância magnética, também especializada e com preparo intestinal.
 
Entre os tratamentos possíveis, atualmente, prevalece a retirada cirúrgica completa dos focos, feita com uma boa cirurgia e não várias, que podem deixar lesões residuais. De acordo com o Dr. Marco Aurélio, um grande destaque é a cirurgia robótica. “A técnica possibilita uma intervenção minimamente invasiva, com visão 3D e movimentos extremamente precisos e delicados, causando o menor trauma possível aos tecidos”, conta.
 
Alerta para o diagnóstico

É importante desconfiar de endometriose em todas as mulheres com dismenorreia (cólicas/dores pélvicas) fortes e progressivas, já que, praticamente, somente a doença tem essa característica. Ao desconfiar, o médico deve solicitar exames de imagem especializados e o Ca-125, marcador sérico, no 2º dia da menstruação (antes de começar o uso de pílulas contínuas para diminuir as cólicas). Esse marcador pode ser útil, quando positivo (acima de 35 UI/ml) no período menstrual. Vale lembrar que cerca de 50% das mulheres com infertilidade (mesmo sem dor) tem endometriose, muitas vezes extensa (com comprometimento intestinal e/ou urinário).
 
No CEPEM, oferecemos tecnologia de ponta em exames de diagnóstico para a investigação da endometriose, além de uma equipe médica capacitada para sanar todas as dúvidas das pacientes e orientá-las da melhor forma possível. Para mais informações, entre em contato com nossa equipe pelo telefone (21) 2266-8000.

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