Reposição hormonal

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Guia da reposição hormonal: o que é preciso saber antes de começar o tratamento
 
A partir dos 45 anos, o corpo da mulher passa por transformações típicas da pré e pós-menopausa. O período é marcado por uma queda dos hormônios femininos (estrogênio e progesterona), além da diminuição do hormônio de crescimento. Sintomas como ondas de calor (fogachos), irritabilidade, insônia, alteração na textura da pele e ressecamento vaginal encabeçam a lista das queixas. Mas, afinal, a terapia de reposição hormonal (TRH) é indicada para todas as mulheres?
 
“A opinião quanto à realização de TRH ainda é variável entre os ginecologistas e endocrinologistas. É um método muito eficiente, mas requer uma análise criteriosa do médico”, afirma a ginecologista Yara Leitão, do Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher (CEPEM). A especialista explica que essa reposição é feita por meio da administração de uma quantidade mínima de hormônios, que vão ajudar a minimizar os sintomas causados pela diminuição ou término da produção de estrogênio e progesterona. Ela deve ser iniciada na menopausa, ou seja, quando a mulher fica 12 meses seguidos sem menstruar.
 
Quais são os benefícios?

De acordo com a endocrinologista Christiane Carvão, do CEPEM, a TRH tenta mimetizar o ciclo fisiológico da mulher. “O estrogênio é o hormônio principal usado. Ele melhora a libido, protege a massa óssea – diminuindo a chance de a paciente ter osteopenia -, previne doenças cardiovasculares, evita infecções urinárias de repetição, preserva a lubrificação vaginal, diminui a queda de pelos e o ressecamento da pele”, pontua a médica.

Já a progesterona é utilizada para contrabalancear a ação do estrogênio, principalmente para evitar a hiperplasia do endométrio (aumento da espessura do tecido que reveste o útero, que pode ser causado pela exposição excessiva ao estrogênio). “Seu benefício também é comprovado no controle das oscilações de humor características dessa fase”, diz a especialista.
 
Como eles devem ser administrados?

Segundo Dra. Yara, a TRH pode ser feita por vias variadas, dependendo da preferência da paciente. Pode ser por gel, comprimidos, adesivos ou implantes. “Normalmente, o estrogênio é administrado em forma de gel, que é passado diretamente na pele. A versão em creme vaginal pode ser usada para prevenir o ressecamento na região e consequente dor durante o ato sexual”, salienta. A progesterona, no entanto, é usada em sua forma micronizada, via oral.
 
Toda mulher pode fazer a reposição?

Não. “A terapia é contraindicada em casos de presença de alguns tipos de câncer e história de tromboembolismo ou AVC. Pacientes com doença hepática grave, diabetes descompensada e hipertensão não controlada também estão excluídas”, ressalta Dra. Christiane.

“Mulheres com nódulo sólido benigno de mama devem fazer apenas com a liberação do mastologista, que deve comprovar que o quadro é estável e sem risco aparente”, corrobora Dra. Yara.
 
O que devo fazer antes de começar o tratamento?

Antes de começar a TRH, converse abertamente sobre o tema com o seu médico, seja ginecologista ou endocrinologista. Tire suas dúvidas em relação aos riscos e benefícios. “De maneira geral, esse método é altamente indicado para mulheres saudáveis”, comenta Dra. Yara.

Todo o processo deve contar a supervisão e o acompanhamento profissional. “O controle é feito por exames complementares frequentes como hemograma, papanicolau (preventivo), mamografia, ultrassom de mama e transvaginal, além de densitometria óssea”, finaliza Dra. Christiane.

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