Saúde ginecológica da mulher em pauta

Paciente artigo 3 (Fev 2019)

No Brasil, para 2019, estima-se o surgimento de 16.370 novos casos de câncer de colo de útero, 6.600 casos de câncer de corpo do útero e 6.150 casos de tumores de ovário. Saiba mais sobre os tipos de cânceres ginecológicos com informações da Dra. Yara Leitão, ginecologista do CEPEM.
 
Câncer de colo de útero

Terceiro tumor mais frequente na população feminina, o câncer de colo de útero é causado pela infecção persistente do papilomavírus humano, o conhecido HPV. Na maioria das vezes, quadros pontuais de HPV podem não representar riscos, já que essa é uma doença genital muito comum. Entretanto, alguns casos de infecções por papilomavírus humano podem gerar alterações celulares, que tendem a evoluir para o câncer. “Isso pode ser facilmente descoberto no exame de colpocitologia oncótica (papanicolau), que deve ser realizado anualmente. Inclusive, de todos os cânceres ginecológicos, ele é o único com prevenção primária”, pontua a especialista. Por isso, a maneira para prevenir e diminuir o número de casos é fazer os exames ginecológicos periodicamente e usar sempre o preservativo. Também é indicada, a partir dos nove anos, a vacina contra HPV.

O câncer de colo de útero atinge, em sua maioria, mulheres abaixo dos 50 anos, em idade sexualmente ativa. “É uma doença sem sintomas na fase inicial, mas que pode evoluir para quadros de sangramento vaginal durante ou após a relação sexual e secreção vaginal anormal, acompanhada de odor”, explica Dra. Yara. O tipo de tratamento vai depender do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos. “Pode ser feita a cirurgia – com a retirada do útero, dos ovários, da cúpula vaginal e dos linfonodos pélvicos – e/ou a radioterapia, externa e interna”, conta.
 
Câncer de corpo de útero

Também conhecido como câncer de endométrio, esse tipo da doença acomete o tecido que reveste a parede interna do útero. Mais comum em mulheres após os 50 anos, o câncer de corpo de útero tem como fator de risco o histórico familiar da paciente, além de diabetes e obesidade. “Esse câncer não é detectado durante o papanicolau. O que recomendamos é a realização de ultrassonografia transvaginal para verificar o possível aumento da espessura do endométrio e, quando necessário, a videohisteroscopia para um estudo minucioso desse tecido e também a biópsia”, salienta a ginecologista.

O principal sintoma é o sangramento vaginal anormal, principalmente após a menopausa. Assim como quase todos os tipos de câncer, o tratamento vai ser baseado no quadro clínico de cada paciente. “Entre as opções estão a cirurgia – com a retirada do útero, dos ovários e da cúpula vaginal – e a radioterapia”, afirma.
 
Câncer de ovário

O câncer de ovário é pouco frequente, entretanto, é um dos mais difíceis de serem diagnosticados, já que não apresenta sintomas em seus estágios iniciais. Segundo informações do INCA, cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão estão em estágio avançado no momento do diagnóstico. “A partir da suspeita da doença, o médico pode pedir ultrassonografia transvaginal para avaliação, além de outros exames complementares”, explica Dra. Yara.

É um câncer que não apresenta fatores de risco bem estabelecidos, portanto, não se pode realizar a prevenção, somente o diagnóstico. Entre os sintomas estão aumento do volume abdominal, cansaço e anemia. Diferentes modalidades terapêuticas (cirurgia, radioterapia e quimioterapia) podem fazer parte do tratamento. A escolha vai depender do tipo histológico do tumor, do estadiamento, da idade e das condições clínicas da paciente.

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